quinta-feira, 16 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O Velho Muchacha
No último domingo, estava eu zapeando entre canais, esperando ser atingida pelo sono que nunca vem antes das 2 da madrugada. Quando me deparei com uma curiosa figura que estava sendo entrevistada por Marília Gabriela no “De Frente Com Gabi”. Pra minha sorte o programa tinha acabado de começar e pude ver assim, toda a sabatina que Gabi fez com o cartunista Laerte Coutinho. Pra quem não sabe de quem se trata, o cartunista é famoso por suas tiras em revistas e jornais desde a década de 70, com suas figurinhas carimbadas como Piratas do Tiete, Overman e Suriá. A mais ou menos dois anos, o cartunista tem vindo a publico, sem medo de ser feliz travestido como mulher. Ele diz não se tratar de uma nova identidade, mas sim de um estilo de vida adotado, intitulado crossdressing, que exterioriza seu lado feminino.
O que mais me chamou a atenção nessa entrevista foi em especial, como o tema foi abordado e destrinchado (se assim for possível dizer) abertamente com a maior naturalidade do mundo, tanto por Marília Gabriela quanto por Laerte, que pode falar desde assuntos tão sérios como preconceito, auto-aceitação e bissexualidade até os critérios que usa na hora de escolher o que vai vestir.
Já havia visto outras entrevistas com ele em alguns programas, mas todas tinham como “primeiro plano” o lançamento de um determinado livro, ou a participação do cartunista dentro do mundo das charges. Claro que entre um assunto e outro, como não se poderia ignorar, Laerte era questionado muito delicadamente sobre sua nova atitude, se pretendia mudar de sexo ou algo parecido. Ele respondia sempre com muita educação e desinibição, mas os entrevistadores não iam muito além com as perguntas, aparentemente tentando evitar maiores constrangimentos.
Constrangimentos para quem, eu não sei! Mesmo até porque o próprio Laerte se mostra completamente resolvido com a sua escolha. Me espanta que a imprensa trate esse assunto com tantos “dedos”. Verdade seja dita, o cartunista não era chamado pra dar entrevistas há muito tempo. Passa a usar cabelos cumpridos, unhas pintadas, maquiagem, jóias e roupas femininas e logo é chamado pra uma aparição atrás da outra na TV, e apesar disso ninguém tem coragem o suficiente de perguntar o que todo mundo quer saber.
Parabéns ao programa da Marília Gabriela por ir mais além de forma tão sincera e respeitosa para como o convidado. Isso deveria servir de exemplo para uma sociedade arcaica que ainda nega-se a tratar com naturalidade as diferenças entre os indivíduos sejam elas quais forem. Tudo o que possa fugir a um devido padrão continuará a causar espanto ou repulsa em muitos enquanto tais assuntos ainda forem abordados como tabu pela mídia.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Fora de Kyoto
O Canadá anunciou sua respectiva saída do protocolo de Kyoto, que visa o comprometimento de alguns países em diminuir a emissão de gazes prejudiciais a camada de ozônio.
O país, que deveria a principio atingir uma meta de diminuição até 2012, tem aumentado seus índices de poluição, o que o levaria a pagar uma multa bilionária. Conforme vemos ao longo dos tempos o fator mais importante para grandes potencias como esta, seria fazer geral a economia de maneira progressiva. Seguindo os Estados Unidos como bom exemplo, mesmo em tempos de conscientização ambiental, parece indispensável que a população compre cada vez mais e que empresas de grande porte possam continuar com seu ritmo desenfreado de crescimento a todo custo. Hoje em dia temos um numero cada vez maior de carros nas ruas das grandes cidades emitindo gazes na atmosfera, assim como diversas companhias estabelecem-se gerando não só mais empregos como mais maquinaria, verticalização constante, acumulando ilhas de calor, mais aparelhos de refrigeração ligados...
Em fim, cada país escolhe o que é melhor para si em termos de desenvolvimento mesmo que isso gere um problema climático gravíssimo no futuro. Vivemos em um mundo moderno e infelizmente temos que arcar com isso a duras penas. Seria uma ingenuidade pensar que ações feitas inicialmente com o intuito de amenizar tal situação, como o protocolo de Kyoto, teriam cem por cento de eficácia quando em escala global o que fala mais alto é sempre o dinheiro.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
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